Um singelo espaço de reflexão pessoal. Lugar de afectos, espiritualidade e outras coisas da vida.

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Dez 99

 

 
Ozanam não negava a necessidade e os direitos da justiça.
Por certo, subscreveria totalmente as palavras do académico e filósofo francês Henri Bergson, laureado, em 1927, com o prémio Nobel da Literatura: “É a caridade que abre caminho à justiça”. E teria concordado com Georges Bernanos, escritor francês de inspiração católica: “Uma justiça sem amor torna-se uma besta selvagem”.
Ozanam, para melhor defender a assistência, preocupava-se, claramente, em distinguir a assistência que humilha, da assistência que honra.
Aquela, só se preocupa com as necessidades terrestres, com os sofrimentos da carne, da fome, do frio e de tudo o que provoca compaixão. Denuncia os que praticam mal a caridade, os mais pródigos em discursos do que em sacrifícios, os filantropos e beneficentes indiscretos.
Esta última vai mais longe. Além das carências materiais que procura suprir, com modéstia, eficiência e em espírito de partilha, ocupa-se, primeiro, das necessidades espirituais.
Trata o pobre, não só com respeito mas como igual, até mesmo como superior, pois o pobre “está no meio de nós como um enviado de Deus, para provar a nossa justiça e a nossa caridade e para nos salvar com as nossas obras”.
Não humilhar os pobres e lutar pela sua reabilitação social, foi prioridade na vida de Frederico Ozanam.
 
publicado por aosabordapena às 14:40

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