Fundada em 1833 a Sociedade de S. Vicente de Paulo, Ozanam e os amigos foram ter com o seu pároco, P. Olivier, para lhe perguntar que pobres deviam socorrer.
Se a primeira abordagem foi difícil, por se tratar dum eclesiástico que desconfiava das iniciativas dos leigos, tal foi rapidamente ultrapassado, dada a convicção e empenho demonstrados.
A Sociedade, organiza-se então com o apoio experiente da Irmã Rosália que, desde sempre encorajou sem hesitação, estes oito jovens e divide-se em secções: oito em França e uma em Roma.
Decorridos 12 anos após a sua fundação, as Conferências contavam já com nove mil membros.
Indiferentes aos sarcasmos e zombarias que alguns lhes dirigiram, nomeadamente o seu colega Pedro Chéruel, futuro historiador, “não passais duns pobres jovens e tendes a pretensão de socorrer as misérias de Paris. Num instante, faremos pela humanidade o que só em vários séculos vós poderíeis fazer”, não lhes resta outro caminho senão prosseguir sorrindo. Estavam convictos da justiça da sua missão.
A sua força era reavivada pela amizade que os havia reunido, e pelo exemplo dos “confrades” que se erguiam um pouco por toda a França e no estrangeiro.
A aprendizagem efectuada não foi junto da cátedra de professores, mas sim junto dos pobres, servindo-os e testemunhando “que eles são, depois de Cristo os nossos senhores, as imagens sagradas de Deus a Quem não vemos mas a Quem amamos”.
Eram oito os jovens cujo coração se encontrava impregnado de humildade e caridade.
Cada um deles teria podido reivindicar o título de fundador ou de co-fundador das Conferências de S. Vicente de Paulo.
Porém reconhecem, com toda a naturalidade, o papel eminente desempenhado por Ozanam, assumindo tal, em declaração de 30 de Março de 1856 (três anos após a sua morte), a qual foi assinada por quinze “membros da primeira Conferência de Saint Étienne – du – Mont, em Paris”.