Com o dealbar deste novo ano litúrgico, entramos no terceiro ano de preparação do Grande Jubileu do Ano 2000.
O jubileu celebra 2000 anos do nascimento de Jesus.
Importa pois que, adentro do tema que Sua Santidade o Papa João Paulo II propõe para reflexão, tema assumido pelos bispos portugueses através da carta pastoral de 22-05-1998, – “Deus Pai, Criador e Senhor”, nos deixemos cativar por Jesus Cristo.
É um enorme desafio que se nos põe.
Segui-lO é uma aventura deliciosa e recompensadora. Ele transforma e dá mais cor à nossa vida.
Com Jesus, Deus de relação, Deus que caminha connosco, Deus Missionário, Deus da “estrada e do vento”, nunca nos sentimos sós e inquietos.
Ele é o nosso modelo, o nosso Herói. É o “Caminho, a Verdade e a Vida”. A resposta para os nossos problemas fundamentais.
É a Pessoa, por excelência, de autênticas e profundas relações com Deus – Pai, com os Homens e com o Universo.
Com Ele e através d´Ele, chegaremos a Deus – Pai, a primeira Pessoa da Santíssima Trindade.
Aquele Pai, tantas vezes invocado por Jesus: “vosso Pai”, o “Teu Pai”, “vosso Pai do Céu”.
Jesus chama a Deus pelo nome de “Pai” quando, entre outras situações, anuncia o reino de Deus: “Então os justos resplandecerão como o Sol, no Reino de Seu Pai”; “Vinde Benditos de meu Pai” (Mt 13, 43 e 20, 23).
Permito-me, no entanto, realçar a magnífica descrição de São Marcos, da Agonia no Getsémani, em que Jesus revela a Deus como Seu próprio Pai: “a minha alma está numa tristeza de morte…” “Abba, Pai, tudo Te é possível, afasta de mim este cálice”.
Este episódio leva-nos a afirmar que, também nós, homens imperfeitos e pecadores, não devemos ter medo de nos dirigir ao nosso Pai do Céu e implorar-lhe, arrependidos, “que nos perdoe os nossos pecados”, já que Ele é o Deus do Amor, a quem devemos importunar como a um Pai, que efectivamente é “o nosso pai que está nos céus e dará coisas boas àqueles que lhas pedirem”