Terminamos neste mês a série de apontamentos subordinados ao tema, “Preparação para o Jubileu do Ano 2000”, sendo a sua finalidade contribuir, embora modestamente, para que esta caminhada iniciada há um ano, fosse uma caminhada de reconciliação com Deus, connosco próprios e com o nosso próximo.
Neste caminhar difícil e incómodo, não podemos prescindir da ajuda e do exemplo de Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe.
No mistério da maternidade de Maria, na intimidade com seu filho Jesus, Maria descobre Deus como Pai, de Quem é a filha predilecta e diante de Quem achou graça.
Por Maria, apoiados no seu regaço maternal, somos convidados a regressar à Casa do Pai, “fazendo tudo o que Ele vos disser”.
Aos pés da Cruz, Jesus confiou-nos ternamente aos braços acolhedores de Maria: “Mulher, eis aí o teu filho”, “Eis aí a tua Mãe”.
Assim, nada tendo a temer, neste fim de ano, limiar de um novo século e de um novo milénio, somos incitados a ir “com alegria ao encontro do Senhor”.
Este convite ser-nos-á renovado, na noite de Natal deste ano, altura em que terá início o grande Jubileu do ano 2000.
Procuremos, pois, juntamente com os pastores de Belém e com os Magos do Oriente, ir ao encontro de Deus – Pai, por intermédio de Jesus – Menino, inspirados pelo Espírito Santo e conduzidos por Maria Santíssima.
E nesta alegria do encontro, dar-nos-emos conta de que O encontrámos, porque Ele também veio ao nosso encontro. Fê-lo como o pai da parábola do filho pródigo, porque é rico em misericórdia, sempre pronto a perdoar.
Porém não devemos ir sozinhos ao encontro do Pai. Acompanhados por Maria Mãe de todos os homens, devemos fazer-nos acompanhar por todos quantos pertencem à “família de Deus”, especialmente por aqueles nossos irmãos que vivem pobres e marginalizados, cujos rostos se encontram sulcados pela amargura e solidão.
Que o Ano Santo da Encarnação que se aproxima, seja proveitoso para todos e o início duma nova etapa no amor a Deus e ao próximo, e um hino de louvor e acção de graças a Deus – Pai que nos concedeu em Cristo a graça de sermos “concidadãos dos santos e membros da família de Deus”.