Um singelo espaço de reflexão pessoal. Lugar de afectos, espiritualidade e outras coisas da vida.

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Dez 09

 Imagem da Net

 

 O MCC reconhece a necessidade de responder ao apelo do saudoso Papa João Paulo II que logo no início do seu pontificado, afirmava ser necessária uma nova evangelização na Igreja, caracterizada por um novo ardor, novo entusiasmo e novos métodos.
Outra coisa não seria de esperar já que fazendo parte da Igreja, não nos podemos fechar sobre nós próprios, mas devemos pensar o MCC como parte integrante de um conjunto mais vasto de que todos fazemos parte – um só corpo, que é Cristo e uma só Igreja a qual se deseja dinâmica, interpelativa e apelativa para os homens dos dias de hoje.
Não se trata de inventar um novo Evangelho, pois este é sempre o mesmo, é preciso sim, perante a realidade presente, impregnada de materialismo exagerado, ateísmo e indiferença religiosa, verificar qual o melhor método e forma de anunciar a Boa Nova de Jesus Ressuscitado.
Diz S. Paulo «anunciar o evangelho não é título de glória para mim; é, antes uma necessidade que se impõe; ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho».
Conscientes desta responsabilidade, os cursilhistas não se devem limitar à vivência interna das ultreias, de ir a uns tantos funerais ou rezar uma série de fórmulas de manhã e à noite. Tudo isso é bom, mas é preciso ir mais longe.
Recordemos o episódio dos discípulos de Emaús.
Regressavam a casa desiludidos, desanimados. Jesus, em quem depositavam a esperança de que viria redimir Israel, havia sido crucificado e morto e “já lá ia o terceiro dia” e tudo estava na mesma. É certo que havia uns rumores, mas a Ele ainda não O tinham visto.
Jesus interveio e reaparece nas suas vidas. Acede a ficar com eles e, pela explicação da Palavra, pelo Pão dado como alimento, reconheceram-no e o ardor dos seus corações explodiu, tanto que não se quedaram em suas casas a saborear o momento, mas levantaram-se, voltaram para o mundo e contaram o que lhes havia acontecido.
Os cursilhistas também se devem assemelhar aos discípulos de Emaús.
Recobrar a coragem, a passividade, o desânimo, tomando com renovado fervor a Sagrada Eucaristia. Esta fonte de energia inesgotável, aliada à Palavra de Deus que nos deve ser servir de farol, aliada à oração saída do coração e não só dos lábios, aliada ao amor ao próximo, farão do nosso testemunho de vida uma forma eficaz de evangelizar, pois os outros certificar-se-ão que os actos praticados são coerentes com a fé professada.
Problema sério do MCC, aliás comum a outros movimentos, é o da renovação geracional. Parece-me que o campo privilegiado de escolha de candidatos à frequência dos cursilhos se situa, geralmente, em candidatos que já passaram à situação de reforma ou estão em vias disso, o que não traz ao Movimento o necessário rejuvenescimento. Com o aproximar do “Outono da vida” algumas pessoas, geralmente já ligadas à Igreja, procuram «aplainar melhor os caminhos e endireitar as suas veredas», daí a sua adesão e perseverança na vida do Movimento. É bom, mas a renovação geracional não se opera.
A vida familiar dos jovens casais com filhos, a crise económica, a dificuldade em faltar ao emprego, especialmente na iniciativa privada, e a diminuição do salário daí resultante, são factores que influem na adesão aos convites formulados para participar nos cursilhos, impedindo assim a renovação geracional desejada.
Contudo, e apesar de todas as dificuldades não devemos desanimar, mas pedir ao senhor da Messe, que «não nos deixe ociosos nas praças, sentados à beira dos caminhos, sonolentos, desavindos, a remendar bolsas e redes», mas que nos envie para anunciar Cristo Ressuscitado no qual os homens encontram respostas para as suas angústias.
publicado por aosabordapena às 19:04

 

 

 Vivemos um tempo de ganância e de usura. Tempo de mediocridade, do salve-se quem puder.

Na ribalta mediática, a corrupção e os pseudo combatentes na luta contra a dita, como se tal flagelo, pudesse ser erradicado por via legislativa; o descrédito da justiça, ministrada por homens de quem se espera independência e imparcialidade; protagonistas públicos, como políticos e comentadores da vida nacional, vomitando azedumes e ressentimentos, insinuando e insultando-se.
Gestores e banqueiros indiciados por má gestão, tráfico de influências, remunerados a peso de ouro.
Os senhores do mundo continuam a alimentar a guerra e a ignorar que a humanidade caminha a passos largos para uma catástrofe ambiental.
Na outra margem da vida, milhões de desempregados e de esfomeados, alimentam a esperança diária da sobrevivência, enquanto noutras latitudes cresce a abastança e o desperdício.
Angústias reprimidas, silêncios consentidos, vozes “sem voz”, dão corpo a uma imensa maioria que pacientemente espera a hora da “revolta social” e da libertação.
Outros preferem o conformismo e viver comodamente instalados no silêncio das suas acções, das suas mordomias, alheados dos problemas e sofrimentos alheios.
Quem ganhará esta aparente guerra surda?
Os egoístas, os pobres, os poderosos, os que lutam por um mundo melhor?
A resposta depende de todos nós.

 

 

publicado por aosabordapena às 16:18
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