http://estudoreligioso.wordpress.com/2008/10/20/o-poder-da-orao/
Orar é dialogar, pressupondo, portanto, duas entidades (emissor e receptor) ligadas entre si por uma corrente de afectividade e confiança.
É nesta base de reciprocidade que o nosso diálogo com Deus se deve processar.
Cada um, porque diferente na maneira de ser, saberá encontrar o ritmo e a forma mais prática e profícua de oração.
São belas as orações que os manuais propõem. Contudo, não será de admirar se, após a recitação duma oração de outrem, repetida por nós, o coração ficar frio, insípido e com uma sensação de desconforto que só a sinceridade dum diálogo aberto, “de olhos nos olhos”, se assim podemos dizer, pode transformar numa experiência de proximidade e intimidade.
Em segredo com o Pai, na montanha ou na praia, deambulando sozinhos ou no meio da multidão, nas viagens, em casa ou no trabalho, o nosso coração deve elevar-se para o Senhor e, livre e espontaneamente, invocá-LO com expressões de cariz pessoal, conformes à situação e estado de espírito do momento, como sendo gritos do coração que só o Pai, na sua imensa solicitude, pode compreender e aceitar.
Esta relação filial, diária e constante, contribuirá, por certo, para uma suave concretização, nesta vida atribulada, do «Saboreai e vede como o Senhor é bom».