Dezembro, um mês diferente. Torrentes de belas mensagens, apelando à paz, à concórdia, ao amor pelos outros, amolecem os corações.
Apesar de banalizado, comercializado, o Natal continua a ser tempo de magia, tempo de utopia.
Respira-se um ar impregnado de suave quietude. O sorriso aflora com mais naturalidade. O coração aquece e transborda apesar do frio que gela o corpo. Os acordes natalícios conferem ao ambiente uma certa intemporalidade.
É Natal. Tempo de sair de nós próprios e de ir ao encontro dos outros.
Pode ser uma saída fugaz. Se acontecer, que o seja, não por emoção, mas por uma vontade efectiva, traduzida em acção em prol daquele que mais necessita.
O Menino, o Pobre de Belém, que “não conseguiu arranjar lugar em casa”, provoca-nos com a sua humildade e simplicidade.
Deus – Silêncio fez-se carne e habitou entre nós. Assumiu a nossa condição humana e tornou-nos participantes da vida divina.
Sendo o eixo da história, o seu ponto de partida e de consumação, preferiu o anonimato e o desconforto duma manjedoura para nascer.
A boa nova do Seu nascimento, não foi anunciada aos ricos e poderosos do Seu tempo, mas aos humildes pastores das cercanias de Belém, os “condenados da terra”, os que perderam o emprego ou têm salários em atraso dos dias de hoje.
Natal, noite de luz a iluminar o coração dos homens. Ponto de contacto entre o divino e o humano.
“Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens a quem Ele quer bem”. Toda a lição do Natal está nestas palavras.
Não é possível a paz na terra, senão sob estas duas condições: a de prestar glória a Deus e de Lhe agradar. Sem isso, a promessa natalícia é vã, e toda a esperança, ilusória.
Votos de um Natal cheio de amor cristão.