É este mês de Janeiro consagrado a Santa Maria Mãe de Deus e da liturgia podemos extrair, para reflexão, alguns acontecimentos que evidenciam as virtudes daquela que “achou graça diante de Deus”.
Maria, submissa à vontade de Deus, admirada com tudo o que diziam de seu recém-nascido Filho, anfitriã de pastores e de reis magos. Maria aconchegando o Menino na manjedoura da gruta de Belém que “conserva todas estas coisas, ponderando-as no seu coração”. Maria, humilde e pobre, sem lugar na hospedaria e que “oferece em sacrifício ao Senhor um par de rolas ou duas pombinhas”, Maria, mãe receosa pelo que possa acontecer a seu divino Filho e que foge, pressurosa, para o Egipto, protegendo a sua vida, da raiva assassina de Herodes.
Exemplos maravilhosos de conduta que a Mãe de Deus e nossa mãe nos proporciona:
- Vida de obediência à Lei de Deus e de aceitação da condição humana, na riqueza ou na pobreza, na dor ou na alegria, na doença e na saúde.
- Vida, vivida solidariamente, sem discriminação de pessoas, pois todos “já não somos servos mas filhos de Deus”.
- Vida, vivida em comunhão íntima com Deus. Com Deus na boca, mas sobretudo no coração.
- Vida, testemunho da primeira das bem-aventuranças, em que o espírito de pobreza está antes de tudo; espírito de partilha com os mais desfavorecidos e repúdio pela ostentação e mau uso da riqueza.
- Vida, testemunho de fé que, para sua defesa e afirmação, não hesita em suportar sacrifícios, contrariedades, desilusões e mal entendidos.
Façamos como Maria. Ponderemos todas estas coisas no nosso coração e peçamos-lhe a coragem necessária para as implementarmos na nossa vida.