(A Torre de David em Jerusalém)
Os mandamentos da lei de Deus resumem-se em dois que são: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.
Amar a Deus é a resposta humana ao apelo divino: “É ao Senhor, vosso Deus, que deveis temer e seguir; cumprireis os Seus preceitos e não obedecereis senão, à sua voz; só a Ele prestareis culto e só a Ele servireis” (Dt 13, 5).
Amar a Deus implica obediência à Sua vontade. Implica pôr em prática os ensinamentos de Deus, porque “aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática, é semelhante ao néscio que edificou a sua casa sobre a areia (Mt 7, 26). Implica tomar Cristo como modelo perfeito deste amor – obediência.
Jesus disse “O Meu alimento é fazer a vontade d`Aquele que Me enviou e realizar a Sua obra” (Jo 5, 34).
Amar a Deus é a busca incessante da perfeição; é um caminhar diário, no qual o nosso pensamento querer e fazer se perspectivam e se concretizam com o fim último de agradar a quem amamos.
Amar a Deus, é amar o próximo como a nós mesmos; amar o próximo como amamos a Cristo; amar o próximo como Cristo também o ama.
Se nas relações com os outros, conseguirmos ver mais longe e no nosso semelhante virmos para além da sua pessoa, concerteza que o nosso procedimento será mais correcto, justo e solidário.
“ É urgente evitar o contra-senso de acreditar em Deus e viver como se Deus não existisse”
É urgente evitar o contra-senso de pensar que amamos a Deus, quando desprezamos os nossos irmãos.
Os caminhos que nos levam a Deus são os caminhos percorridos em consonância com todos aqueles que connosco se cruzam na labuta diária, aos quais, dispensamos o nosso afecto, a nossa ajuda, o nosso sorriso.
Porém, nem sempre é fácil o seu trilhar. Por vezes, não paramos no sinal vermelho e atropelamos o nosso próximo; por vezes não atendemos à intermitência do sinal amarelo, e seguimos em frente, altivos, indiferentes, como se não existisse mais ninguém nesta vida, para além de nós. Quando assim acontece, caímos no precipício do nosso orgulho e insensibilidade.
Importa arrepiar caminho e inspirados na Parábola do Filho Pródigo, retroceder e orientar a bússola na direcção de Deus, mediante o recurso ao Sacramento da Penitência.
Cumprir os mandamentos de Deus implica uma contínua conversão e luta permanente, um contínuo recorrer à oração, dada a nossa fragilidade e falta de coragem.
Neste ano de preparação para o Jubileu do ano 2000, procuremos pois, conservar Deus como hóspede privilegiado no nosso coração, mantendo acesa a chama da Graça que Ele, pródiga e incessantemente nos disponibiliza.