Deus é amor e é a fonte da caridade. Num primeiro plano, nós, homens imperfeitos e ingratos, somos amados imensamente por Deus.
“Vede com que amor nos amou o Pai, ao querer que fossemos chamados filhos de Deus. E, de facto, somo-lo” (1 Jo 3,1).
Este amor tem a expressão máxima na crucificação e morte de Jesus Cristo.
Correspondendo a este amor e investidos da dignidade de filhos de Deus e irmãos de Jesus, somos todos chamados a amar a Deus acima de todas as coisas.
Este amor implica obediência à vontade de Deus “Vós sereis Meus amigos se fizerdes o que Eu vos mando” (Jo 15, 14)).
Cristo é o modelo perfeito deste amor – obediência “O meu alimento é fazer a vontade d`Aquele que me enviou a realizar a sua obra” (Jo 5,34).
Desta capacidade de amar a Deus, somos impelidos a amar o próximo como a nós mesmos, a amar o próximo como a Cristo, a amar o próximo como Cristo também o ama.
A caridade surge assim como a grande centralidade da vida dos cristãos.
“Vinde, benditos do meu Pai, recebei em herança, o reino que vos está preparado, desde a criação do mundo. Porque tive fome e deste-Me de comer, tive sede e deste-Me de beber; era peregrino e recolhestes-Me; estava nu e destes-Me de vestir; adoeci e visitastes-Me; estive na prisão e foste ter Comigo” (Mt 25, 34-36).
A procura de Deus faz-se inevitavelmente através do amor aos outros. “Se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós e o seu amor realizou-se em nós” (1 Jo 4, 12).
Neste peregrinar para o ano 2000 pratiquemos a caridade para com todos os irmãos, especialmente para com os mais pobres e desprotegidos, vendo neles Jesus. “Dai e dar-se-vos-á: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será lançada no vosso regaço. A medida que empregardes com os outros será usada convosco” (Lc 7, 38).