Estamos quase a finalizar o Tempo Santo da Quaresma. Tempo de oração, de renúncia e caridade, é a ocasião propícia para acertar bússolas, traçar azimutes e “endireitar veredas”.
Como a natureza ciclicamente se renova, também o homem sente a necessidade de sair da letargia em que vive, da frieza sentimental que o isola, da preguiça religiosa que o paralisa. E a Páscoa, pelo seu profundo significado, tem de ser para os crentes, caminho e motivo de renovação e um profundo acto de fé no futuro. A Ressurreição aponta um caminho novo, um caminho imparável, a vida que se há-de manifestar, as coisas do alto (Col. 3, 1-4)
Daí a alegria esperançosa que suscita. O Senhor ressuscitou! Aleluia.
É a Páscoa, o ápice do ano litúrgico. É o aniversário do triunfo de Cristo. É a feliz conclusão do drama da Paixão, a alegria imensa depois da dor intensa.
Cristo ao celebrar a sua última Páscoa deu à comemoração tradicional da libertação do povo judeu um sentido novo e muito mais amplo. Não é um povo, uma nação isolada que Ele liberta, mas o mundo inteiro. A Páscoa cristã, cheia de profunda simbologia, celebra o acontecimento histórico chave da humanidade: a Ressurreição de Jesus, depois da sua morte para resgate e reabilitação do homem pecador.
Páscoa é vitória, é o homem elevado à sua maior dignidade. Diz S. Paulo “Aquele que ressuscitou Jesus Cristo devolverá a vida aos nossos corpos mortais”.
E é esta esperança, agora transformada em certeza, que nos impele a caminhar, até que Ele nos abra as portas da Jerusalém celestial.
Jesus Cristo, Vivo e Ressuscitado é a razão da nossa fé. Sigamo-Lo.
Uma Santa Páscoa para todos.