A Sociedade de S. Vicente de Paulo é uma associação de leigos, oriundos dos meios sociais mais diversificados, que exercem as mais variadas profissões, jovens ou menos jovens, ricos, pobres ou remediados que sentem a preocupação de servir os pobres e desejam contribuir, de forma discreta, com a sua disponibilidade para melhorar as suas carências.
De harmonia com a respectiva regra, os vicentinos têm, entre outros, o seguinte dever: “Dar testemunho do espírito vicentino em todos os passos da sua vida”.
O espírito vicentino, outra coisa não é do que a prática da caridade para com todos, ajudando quem precisa, contribuindo, na medida das possibilidades, com bens materiais e não só, manifestando apoio a quem se sente só, tentar alegrar quem sofre e saber ouvir os seus desabafos.
É um olhar mais além, vendo em cada pessoa, o próprio Cristo.
O espírito vicentino é o espírito natalício redescoberto todos os dias, que nos faz participantes activos do serviço de Cristo, e que nos possibilita o acesso ao reino dos céus, conforme o refere o Evangelho: “… recebei em herança o reino”, pois “ a Mim mesmo o fizestes” (Mt 25, 35 e 40).
Pertencer à Sociedade de S. Vicente de Paulo é um plano de capitalização, um meio que o Senhor coloca à nossa disposição para evitarmos ser postos “ à sua esquerda” e nós, fingindo, tenhamos a ousadia de perguntar: “ Quando foi que Te vimos com fome, ou com sede, ou peregrino, ou nu, ou doente ou na prisão e não Te socorremos?” (Mt 26, 33,44).
Sejamos pois, previdentes e acautelemos a nossa salvação, praticando boas acções. A previdência ainda é uma grande virtude. Com ela se previnem e evitam grandes males.
Cristo recomenda-nos que o sejamos.