É próprio dos vicentinos aliar a acção em prol dos mais desfavorecidos com a oração e uma reflexão comunitária, relacionada com a sua actividade, sempre inspirada na Palavra de Deus, sendo a partilha dos bens que o Senhor generosamente lhes confiou, o corolário natural de quem se comprometeu a ajudar e servir o próximo carenciado.
Na oração, o vicentino encontra a força necessária para superar desânimos, para retemperar forças, para agradecer a graça de integrar um movimento cuja espiritualidade se traduz num testemunho de fé, fazendo bem aos pobres, retratos vivos de Cristo Sofredor.
Com a reflexão comunitária, os vicentinos enriquecem-se interiormente, meditando nos ensinamentos do Evangelho e da Igreja, actualizando os seus conhecimentos acerca da problemática relacionada com a pobreza, aprofundando e mantendo vivo o ideal vicentino.
A partilha concretiza-se, não só mediante uma contribuição monetária indispensável à aquisição dos bens materiais de que os pobres necessitam, mas também pela presença, pela disponibilidade, pela assiduidade, pelo saber e carisma pessoais postos ao serviço da Conferência, pelas ideias e iniciativas formuladas.
Munidos destes instrumentos, os vicentinos estão prontos para a acção, para o contacto pessoal com os pobres, para a realização do desejo expresso na oração final de cada reunião: “que dêem com a melhor vontade aos pobres o que possuem e se dêem a si mesmos”.