O homem ser fraco e volúvel, depressa se revolta contra Deus, seu Criador, e contra o próprio homem, seu irmão. A humanidade ingrata é invadida pelo pecado.
E quando tal acontece, o coração do Senhor sofre amargamente.
Noé e seus familiares encontraram refúgio na arca que o Senhor lhes mandou construir.
Nos tempos de hoje, o homem para se poder reencontrar e salvar, precisa de seguir os ensinamentos de Cristo.
Só Ele é a tábua de salvação, o porto seguro neste mundo assolado por catástrofes, onde a doença, a pobreza e a injustiça ainda imperam.
Ele nos ensina que tais males não são castigos. Fazem parte dos planos salvíficos de Deus. São um convite ao arrependimento e à reflexão acerca do
que é a vida.
É um apelo divino à revisão do comportamento humano, no sentido de uma maior humanização. É um grito que ecoa no coração do homem, impelindo-o para caminhos de mais tolerância e compreensão, caminhos que o tornam mais livre e compassivo para com todas as misérias e desgraças alheias.
Deus, mesmo quando “castiga”, é um Deus misericordioso, e em Deus o castigo tem sentido de misericórdia. Os “castigos” de Deus são sempre salutares. O que é preciso é que nós os compreendamos.
A misericórdia de Deus manifesta-se, sobremaneira, por ter ficado connosco, vivo e real, na Sagrada Eucaristia. Manifesta-se, por nos ter deixado no sacramento da Reconciliação, a possibilidade de O reencontrarmos, quando o houvermos perdido.
A misericórdia divina atinge o seu apogeu, quando Cristo derrama o Seu sangue na Cruz, para remissão dos pecados da humanidade. Pelo triunfo sobre a morte, ressuscitando gloriosamente, deu razão de ser à razão da nossa fé e sentido à nossa vida.
Nestes tempos conturbados e de provações, saibamos, não só interpretar os sinais dos tempos, como também o sinal da bondade de Deus, o qual se manifesta através das pessoas e das coisas nos ambientes onde vivemos, e através das maravilhas que a natureza nos proporciona.