(Discípulos de Emaús)
Naquele dia, o Senhor disse: «Vou descer a fim de ver se, na realidade, a conduta deles corresponde ao brado que chegou até mim» (Gn 18, 21)
E Deus assim fez. Desceu à Rua dos Homens e o Seu olhar infinito, abarcando a imensidade do universo, olhou com ternura para os homens e mulheres que mourejam neste planeta.
E o Senhor ficou feliz pelo avanço científico e tecnológico da humanidade, mas decepcionado com os seus comportamentos incoerentes:
- As pessoas amam a vida, mas logo se matam em duras e cruentas guerras;
- Amam as crianças, mas, por vezes, impedem o seu nascimento e condenam-nas à prostituição e ao trabalho infantil;
- Uns têm em demasia e outros passam fome e não têm emprego;
- Gostam de passear nos campos e de subir às montanhas mas, às vezes, “divertem-se” a deitar fogo às florestas e a destruir a mãe natureza;
- Abraçam-se nas igrejas e logo se atropelam à saída e nas estradas que diariamente percorrem.
Vendo a sua conduta, «o Seu coração sofreu amargamente» mas não «se arrependeu de ter criado o homem sobre a terra». (Gn 6,6)
Pelo contrário. Lá de cima, Deus continuou a contemplar com ternura os seus filhos e a respeitar a sua liberdade.
Sendo Amor na sua plenitude, um Deus de perdão e de relação, Ele apenas continua a esperar, com infinita paciência, o seu arrependimento e conversão, pois é Seu desejo que todos sejam felizes.