A festa desceu à rua
Mas o povo não a sente.
Ele é o desemprego
A casa por pagar
Os impostos a subir
E os salários a baixar.
As dificuldades do momento
E a angústia do futuro
Toldam-lhe o olhar
E o discernimento.
AH, a festa!
O povo não a sente
Nem a quer.
Povo sofredor
Obediente
Sobra-te a esperança.
E, mesmo na dor,
Sonhar e lutar
Pois, se o futuro a Deus pertence,
É com as tuas mãos
Que o podes moldar.