Sentado à beira-mar
Lá está o pescador
Cana em riste,
Fio esticado,
A bóia flutuando
No mar encrespado.
O anzol traiçoeiro
Mergulha, longe, no mar.
De olhos fitos nas ondas,
Sente a cana a puxar.
Com um ligeiro esticão
Ergue-a lentamente
E um pequeno peixe
Surge, preso, a baloiçar.
De imediato, renova o isco,
Saboroso petisco para o peixe enganar.
E, de novo,
Cana em riste,
Fio esticado,
A bóia flutuando
No mar encrespado.
E enquanto espera, pacientemente,
A ondulação fustiga
A falésia sobranceira
Que as águas revoltosas
Querem destroçar.