Vivemos um tempo de ganância e de usura. Tempo de mediocridade, do salve-se quem puder.
Na ribalta mediática, a corrupção e os pseudo combatentes na luta contra a dita, como se tal flagelo, pudesse ser erradicado por via legislativa; o descrédito da justiça, ministrada por homens de quem se espera independência e imparcialidade; protagonistas públicos, como políticos e comentadores da vida nacional, vomitando azedumes e ressentimentos, insinuando e insultando-se.
Gestores e banqueiros indiciados por má gestão, tráfico de influências, remunerados a peso de ouro.
Os senhores do mundo continuam a alimentar a guerra e a ignorar que a humanidade caminha a passos largos para uma catástrofe ambiental.
Na outra margem da vida, milhões de desempregados e de esfomeados, alimentam a esperança diária da sobrevivência, enquanto noutras latitudes cresce a abastança e o desperdício.
Angústias reprimidas, silêncios consentidos, vozes “sem voz”, dão corpo a uma imensa maioria que pacientemente espera a hora da “revolta social” e da libertação.
Outros preferem o conformismo e viver comodamente instalados no silêncio das suas acções, das suas mordomias, alheados dos problemas e sofrimentos alheios.
Quem ganhará esta aparente guerra surda?
Os egoístas, os pobres, os poderosos, os que lutam por um mundo melhor?
A resposta depende de todos nós.